Nas encostas verdes e frias das montanhas capixabas, um aroma especial anuncia que o café não é apenas um produto agrícola: é história, tradição e identidade de um povo. Entre o canto dos pássaros, o vento gelado e as mãos calejadas que colhem grão por grão, nasce uma bebida que carrega séculos de cultura e dedicação.

Produzido em pequenas propriedades familiares, com cuidado artesanal e saberes transmitidos por gerações, o café das montanhas do Espírito Santo conquistou, em 2021, um dos mais importantes reconhecimentos do país, a Denominação de Origem (DO), de Indicação Geográfica (IG).

A casa mais antiga e os sabores infinitos

Casarão da Família Zandonade, em Venda Nova do Imigrante. Foto: Breno Ribeiro

Em Venda Nova do Imigrante, Luiz Felipe Zandonade preserva um patrimônio familiar, que é a casa mais antiga da região, construída pelos antepassados italianos que chegaram em diferentes levas de imigração.

O café sempre fez parte da história, mas foi ele quem, em 2016, decidiu apostar no segmento de cafés especiais. “Antigamente tínhamos outros cultivos, mas hoje trabalhamos exclusivamente com café, e o catálogo tem sete variedades”, diz, exibindo com orgulho os pacotes de café expostos na prateleira do casarão, que é um marco turístico na região.

Os perfis sensoriais variam entre mais acidez, menos acidez, aromas doces ou frutados. Mas um deles se destaca. “O sabor de rapadura com frutas cítricas é o mais valorizado da região e o que mais vende. É a nossa marca”, explica.

 

O cuidado é diário. “O café é mexido de hora em hora para secar de forma uniforme. Monitoramos a umidade e fazemos a seleção manual para garantir que só o melhor vai para a embalagem”, acrescenta.

Leia na íntegra: https://www.folhavitoria.com.br/conteudo-de-marca/cafes-das-montanhas-do-es-identidade-reconhecida-no-brasil-e-no-mundo/
Reportagem de: Folha Vitória